quinta-feira, 6 de outubro de 2011

As opções que não usamos



As coisas poderiam ser muito diferentes.

Se você tivesse tentado mais, ou desistido quando deveria.

Seu nunca tivesse se envolvido e chegado onde chegou, ou se tivesse abraçado a causa quando tudo parecia irremediavelmente perdido.

Se tivesse feito aquele curso, ou quem sabe tivesse feito o curso correto, e não aquele cursinho “meia-boca” que chegou a fazer, mas nunca te levou a nenhum lugar. A quanto tempo descreve seu conhecimento do inglês como intermediário, ou que seu conhecimento em informática não passa do básico, apesar dos milhares de conselhos que isso seria melhor para sua carreira.

Se jamais tivesse começado aquele romance, e tido aquele filho, ou talvez, se tivesse casado com aquele seu grande amor, que inexplicavelmente não deu certo. Já imaginou se tivesse se empenhado mais em sua vida profissional ao invés de ter escolhido viver aquele namoro que resultou nesse casamento que sempre parece beirar o fracasso?

Se tivesse aquele tempo para raciocinar, quando foi questionado repentinamente. Talvez, se estivesse mais calmo, ou até, ao invés disso, tivesse respondido em outro tom, mais ríspido, ou mesmo não ter dado resposta alguma. Se não tivesse se irado a ponto de fazer o que fez

Precários, se fossemos mais esforçados e extrapolássemos os limites impostos a nossa alma pelo meio em que vivemos. Talvez a escolha da religião, ou mesmo tivesse a coragem de não tê-la. Ser ateu ou membro do Islã? Repensar suas opções sexuais e ver para onde isso te levaria. O que poderia ter sido diferente?

Se somos livres, por que estaríamos sujeito a escolhas que parecem definir nosso próprio destino e forma tão irreversível?

Um cristão tem recursos para saber, por exemplo, que um rico é rico por escolha de Deus( e prestará contas desta benção pela forma que usou a dádiva), já que, o que teve êxito trabalhou o mesmo, ou até menos, que um pobre para chegar onde chegou. Sabe também que enganoso é o coração do ser humano, e o que hoje é certeza, amanhã não será mais, o que é lúcido e claro pode ser tão obscuro e louco noutro tempo, que haverá quem diga que um nunca foi o outro. Se conhece o Salmo 73, entenderá que o destino do soberbo, que é grande entre os homens e faz desse poder fonte de desgraça alheia, terá sua existência repentinamente riscada da vida, como se nunca tivesse existido.

Quem leu Eclesiastes sabe que não há nada de novo debaixo do sol, e que tudo que aí está, está fadado ao seu próprio destino, cabendo ao homem coisas simples, como temer a Deus nos tempos onde Ele parece não poder nos alcançar, e que. se há uma pequena chance de mudar o destino que temos para o que sonhamos, isso está em Deus.

Se um cristão não sabe disso, faz mau uso do que lhe foi entregue para conhecimento: entregou seu entendimento - e sua liberdade - a outros, para que esses digam-lhe o que pensar. Escolheu não pensar, seguindo o exemplo daquele que vive um destino satisfatório, na esperança de ter o mesmo.

Este cristão não entendeu que, apesar das milhares de milhares de pessoas, pelos séculos dos séculos viveram, nessa ou noutra dimensão, ele ainda é único, e deve buscar pessoalmente no Criador seu destino, e Nele ter suas respostas.

Talvez você não goste muito do que vai saber. Paulo, por exemplo, apanhou muito em seu apostolado, sendo degolado no fim de seu ministério. Estevan ganhou como aplausos de seu sermão, uma saraivada de pedras, Pedro uma cruz em X, Tiago, decapitado, muitos cristãos foram lançados aos leões.

Curiosamente, muito daqueles que usaram da escolha de negarem sua fé para permanecerem vivos, pensavam angustiados: e se eu tivesse a coragem de morrer pelo que eu acredito?


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