segunda-feira, 14 de maio de 2012

RELIGIOSIDADE? EU ESTOU É FORA!

Quer acabar com uma igreja? Faça dela uma religião.
Sim, uma religião, por mais paradoxal que possa parecer. Há uma diferença muito grande entre a vida abundante em Cristo e a inóspita religião, pois a vida cristã autêntica é o seu oposto.
Boa parte do que você vê por aí não passa de religião disfarçada de vida cristã. Por isso é tão ruim, tão entediante, tão humana e sem poder.
A religião nasce no coração do homem em busca de um deus. Já, a vida cristã autêntica nasce no coração de Deus em busca do homem.
A religião vê o pastor, padre, guru, ou quem quer que seja como um semideus, que deve ser seguido incondicionalmente. A vida cristã autêntica só
vê Jesus, e o segue apesar dos homens.
A religião uniformiza quem dela participa. A vida cristã autêntica mantém a diversidade de vidas, com suas características pessoais, embora todos busquem a unidade.
A religião é violenta. A vida cristã autêntica é pacífica e entrega o seu direito nas mãos do seu Senhor.
A religião enche os homens de culpa. A vida cristã autêntica transborda em graça e ensina (com amor) a não pecar.
A religião faz de um homem (ou alguns deles) o único porta-voz de Deus. A vida cristã autêntica reconhece que todos, em Cristo, são mensageiros do Senhor com seus dons.
A religião é mecânica, repetitiva e cansativa. A vida cristã autêntica é imprevisível, pois o milagre acontece onde menos se espera, e é espontânea e prazerosa.
A religião é legalista. A vida cristã autêntica, por sua vez, é graciosa e santificadora.
A religião é incompassiva e implacável com os que erram. A vida cristã autêntica é benevolente e longânima.
Enfim, as diferenças não param...
Quer saber por que há tanta cobrança em muitas igrejas? Tanto desamor? Tanta indiferença? Tanta gente mesquinha “matando a mãe” por cargos, em busca de poder? Porque, em grande medida, nessas igrejas se deixou de viver a vida cristã autêntica e se passou a produzir apenas religião, da mais insípida possível, que não afeta ninguém, não muda a sociedade, não altera o status quo social, nem aproxima quem quer que seja da graça de Deus.
Veja a última semana de Jesus, antes de ser crucificado. Sua vida foi duramente combatida pelos religiosos, pelos violentos, pelos que não suportavam a idéia de que Deus era (e é) livre e que falava por meio de quem quisesse. Jesus está no templo ensinando sobre o reino dos céus e chegam os religiosos. A pergunta que eles fazem? A mais ridícula possível. “Com que autoridade fazes estas coisas? E quem te deu essa autoridade?” (Mateus 21:23). Em outras palavras: “Nós, que mandamos por aqui, não te demos autoridade para falar em nome de Deus, nem reconhecemos você como um dos nossos. Então, com que autoridade você faz isso?” E em uma semana crucificam Jesus.
Tudo isso me faz refletir sobre quem sou diante do Senhor. Tenho entendido que pra saber se sou um religioso ou se tenho vida cristã autêntica, basta que eu olhe para o meu coração.
Se sempre estou crucificando o irmão ao lado, então sou um religioso. Se minha palavra é sempre destrutiva, então sou um religioso. Se não temo autoridades constituídas por Deus, então sou um religioso. Se prefiro mais a forma do que o conteúdo, então sou um religioso. Se prefiro o Templo do que o santuário do Espírito Santo, então sou um religioso.
Mas se abro mão do meu direito, se entrego a minha causa nas mãos do Senhor, se aceito os diferentes para juntos buscarmos a vida abundante e santa na Palavra da Verdade, se o que digo aos outros edifica e transborda em graça, então, pela graça (e só pela graça) sou um cristão autêntico.
Só os cristãos autênticos entendem, de fato, as palavras de Paulo: "A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim repouse o poder de Cristo" (2 Coríntios 12:9).

Um comentário:

  1. OLá queriddo, muito bom este artigo.Atualmente é o que mais tem dentro das Igrejas são fariseus, reliosos, se ahando deuses, o dono do céu da BOCA DA ONÇA, porque pro céu que o nosso Deus está com certeza, os reliosos não irão não, vão ficar só olhando, olhando, jessus voltando e eles ficando na religiosidade.

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